A importância do advogado em leilões de imóveis
- assesjur
- 24 de jun.
- 4 min de leitura

Comprar imóveis em leilão pode ser muito vantajoso – geralmente os valores são inferiores aos preços de mercado – mas envolve riscos jurídicos e burocráticos complexos.
Para evitar problemas futuros, é fundamental contratar um advogado especialista em direito imobiliário e leilões. Esse profissional faz uma análise detalhada dos documentos do imóvel e do edital, identificando eventuais dívidas ocultas ou cláusulas abusivas.
Com essa assessoria, o investidor tem segurança para avançar na arrematação e previne surpresas como débitos não quitados ou impedimentos legais.
Principais pendências jurídicas antes da arrematação
Antes de dar o lance em um leilão, o advogado verifica todas as possíveis pendências
ligadas ao imóvel. Entre elas estão:
• Dívidas e encargos propter rem (IPTU, condomínio, taxas) – em regra essas
dívidas acompanham o imóvel e não são extintas automaticamente pela arrematação.
Portanto, é preciso calcular quanto do valor do lance será destinado a quitar débitos como IPTU e condomínio.
• Ônus e gravames na matrícula – penhoras, hipotecas, alienações fiduciárias,
usufrutos e demais gravames registrados podem impedir ou atrasar a transferência do
imóvel. A consulta à matrícula no cartório (certidão de ônus reais) revela esses entraves.
• Situação do antigo proprietário – processos de falência ou inventários em
andamento podem invalidar ou complicar a venda do bem. Por exemplo, um imóvel
arrematado após a decretação de falência do ex-proprietário exige cuidados adicionais.
• Regularidade para leilão – alguns bens têm proteção legal (como o bem de
família) e não podem ser penhorados ou leiloados, salvo em situações excepcionais.
Verificar essa regularidade evita lances nulos.
Além disso, o advogado analisa se o imóvel está adequado para arrematação, conferindo que não há restrições impeditivas no processo ou no próprio edital. Todo esse trabalho prévio (due diligence) é essencial para mitigar riscos – sem ele, há chance de adquirir um imóvel cheio de problemas .
Análise minuciosa do edital
O edital do leilão é o contrato que rege a compra e venda, e exige leitura atenta. Nele devem estar claras as condições de pagamento, prazos e obrigações. Entre os pontos observados pelo advogado estão:
• Condições de pagamento e taxas – forma de pagamento do lance, parcelas e
eventuais multas ou perdas de sinal em caso de desistência. Também há taxas do leiloeiro e custas judiciais que o arrematante deve arcar.
• Prazos de desocupação e entrega – quando e como o imóvel será desocupado. O edital deve informar se há prazo para o antigo ocupante sair e se há risco de multas para o comprador (como aluguel social ou condomínio até a desocupação).
• Cláusulas contratuais abusivas – o edital pode conter armadilhas, como
penhora de valores antecipados em caso de recurso ou prazos muito curtos para pagamento. O advogado identifica essas cláusulas e orienta o cliente a pedir esclarecimentos ou reservas.
Em resumo, é recomendável “realizar uma pesquisa detalhada […] analisando o edital de leilão e documentos anexos” para que não faltem informações sobre o estado do imóvel e seus ônus.
O advogado garante que o cliente não seja surpreendido por termos desfavoráveis no edital ou em documentos complementares.

Riscos pós-arrematação e acompanhamento jurídico
Mesmo após vencer o leilão, existem riscos que só um profissional de direito pode
gerenciar. É comum haver recursos ou ações judiciais por parte de quem não arrematou, tentando anular a venda. Por exemplo, o ex-proprietário pode alegar nulidades processuais, ou credores podem questionar a divisão dos valores. Nessas situações, o advogado elabora defesas e recursos, garantindo que a arrematação seja homologada definitivamente.
Além disso, sem acompanhamento jurídico aumenta a chance de o cliente perder prazos ou não cumprir alguma formalidade. Como destaca especialista, “contar com assistência jurídica especializada são maneiras de se prevenir contra problemas legais” após a compra.
Em casos mais complexos, ter um advogado experiente é “a melhor opção para garantir uma transição tranquila e sem prejuízos” após o leilão. Em suma, o suporte jurídico contínuo assegura que a compra seja concluída de forma segura e definitiva.

Imóvel ocupado: ações de desocupação
Se o imóvel arrematado estiver ocupado (pelo antigo proprietário, inquilinos ou invasores), o advogado toma as medidas legais cabíveis. Inicialmente, envia-se notificação de desocupação ao ocupante; se ele não sair voluntariamente, entra-se na Justiça. O instrumento adequado é a ação de imissão na posse, que autoriza o comprador a tomar posse do imóvel de forma judicial. Nessa ação, o advogado pode pedir liminar para desocupação rápida e requerer a expedição de mandado de desocupação (ordem judicial para retirada do ocupante).
Se apropriado, pode-se ainda optar pela negociação extrajudicial. Em alguns casos, o
advogado intermedeia um acordo amigável com o ocupante (por exemplo, oferecendo um prazo ou indenização) para evitar o longo trâmite judicial. Essas estratégias – ação judicial e/ou acordo – protegem o arrematante contra prejuízos e aceleram a posse efetiva do imóvel.
Em todos os momentos do leilão – da preparação à desocupação – a presença do
advogado torna a operação segura. Ele avalia riscos, organiza a documentação, interpreta cláusulas contratuais e atua em juízo quando necessário. Como ressaltam especialistas, “a devida diligência e o suporte jurídico são essenciais para garantir que a transação se realize de forma segura, evitando complicações legais futuras”.
Com a ajuda certa, arrematar um imóvel deixa de ser uma fonte de problemas e passa a ser um bom negócio, realizado com confiança e respaldo jurídico.
Para garantir a segurança e o sucesso da sua arrematação, a presença de um advogado especialista é indispensável e nisso a AssesJur pode te ajudar.
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